maias, maios (Pt., Gz.)
festa antiquíssima, o maio celebra o fim do inverno e a sagração da primavera.
assim, um dos costumes associados aos maios ou maias é o de comer castanhas guardadas de propósito para este dia.
e com isso a castanha se associa ao início e ao fim do inverno.
dos costumes constava tamém, nuns lados, uma boneca de palha de centeio, em torno do qual se dançava toda a noite de 30 de abril para 1 de maio; noutros locais, uma menina de vestido branco coroada com flores e sentada num trono florido era prendada todo o dia com danças e cantares.
por detrás destas meninas, de palha ou de carne e osso, estava o costume, mais antigo, de levar as virgens ao bosque num ritual orgíaco - com o que se reverenciava a fertilidade e a vida.
a cristianização dos maios foi lenta e difícil, representada por inúmeras lendas que tentam explicar o costume e por disposições contraditórias das autoridades.
assim, por exemplo, no séc. VI, o papa Gregório Magno aconselhava algumas concessões ao paganismo: "não suprimais os festejos que aquelas gentes celebram nos sacrifícios que oferecem aos seus deuses; transladai essas festas para as efemérides dos santos mártires, a fim de que, conservando algumas grosserias e loucuras da idolatria, se predisponham de mais boa mente a apreciar as alegrias espirituais da fé cristã".
mas em Lisboa, uma Carta Régia de 14 de agosto de 1402, determinava aos juízes e à câmara que "impusessem as maiores penalidades a quem cantasse maias ou janeiras e outras coisas contra a lei de Deus".
apesar da quase completa destruição dos valores labregos nos tempos que correm, ainda é possível observar ramos de giestas em flor, ou coroas de giestas com outras flores e enfeites, nas portas e janelas das casas ou nos carros, na noite de 30 de abril para 1 de maio.
a industrialização viria a substituir a festa das maias, ou dos maios, pelo dia do trabalhador assalariado. e tamém esta festa foi alvo de uma tentativa de cristianização já decadente, sob a invocação de São José operário.
assim, um dos costumes associados aos maios ou maias é o de comer castanhas guardadas de propósito para este dia.
e com isso a castanha se associa ao início e ao fim do inverno.
dos costumes constava tamém, nuns lados, uma boneca de palha de centeio, em torno do qual se dançava toda a noite de 30 de abril para 1 de maio; noutros locais, uma menina de vestido branco coroada com flores e sentada num trono florido era prendada todo o dia com danças e cantares.
por detrás destas meninas, de palha ou de carne e osso, estava o costume, mais antigo, de levar as virgens ao bosque num ritual orgíaco - com o que se reverenciava a fertilidade e a vida.
a cristianização dos maios foi lenta e difícil, representada por inúmeras lendas que tentam explicar o costume e por disposições contraditórias das autoridades.
assim, por exemplo, no séc. VI, o papa Gregório Magno aconselhava algumas concessões ao paganismo: "não suprimais os festejos que aquelas gentes celebram nos sacrifícios que oferecem aos seus deuses; transladai essas festas para as efemérides dos santos mártires, a fim de que, conservando algumas grosserias e loucuras da idolatria, se predisponham de mais boa mente a apreciar as alegrias espirituais da fé cristã".
mas em Lisboa, uma Carta Régia de 14 de agosto de 1402, determinava aos juízes e à câmara que "impusessem as maiores penalidades a quem cantasse maias ou janeiras e outras coisas contra a lei de Deus".
apesar da quase completa destruição dos valores labregos nos tempos que correm, ainda é possível observar ramos de giestas em flor, ou coroas de giestas com outras flores e enfeites, nas portas e janelas das casas ou nos carros, na noite de 30 de abril para 1 de maio.
a industrialização viria a substituir a festa das maias, ou dos maios, pelo dia do trabalhador assalariado. e tamém esta festa foi alvo de uma tentativa de cristianização já decadente, sob a invocação de São José operário.
2 Comments:
Exmo Senhor
Aprecio os seus escritos, mas gostava de lhe fazer estas perguntas:
Por que é que não usa maiúsculas no início dos parágrafos?
Por que é que se rendeu à forma de escrita brasileira?
Manuel Alves
By Manuel Alves, at 1:47 da tarde
caro senhor,
escrevo sem maiúsculas a seguir aos pontos como outros escrevem sem pontuação, outros assim e outros não. é uma liberdade que me concedo.
quanto à escrita "brasileira" (?), creio que terá dado conta que foi assinado e ratificado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que passa a constituir norma para todos os países de Língua Portuguesa.
queira o senhor ou não queira, e para bem da Língua e da Cultura galega, portuguesa e brasileira.
By josé cunha-oliveira, at 3:54 da tarde
Enviar um comentário
<< Home