escritas e falares da nossa língua


quinta-feira, novembro 17, 2011

sobrenomes galego-portugueses

além da toponímia comum, Galiza e Portugal partilham um sem número de sobrenomes de família. evidentemente, muitos são comuns também ao Brasil, que, aliás, partilha muitos outros sobrenomes de origem galega que não existem ou são muito pouco frequentes em Portugal.

aqui vão alguns, já mais de 395, que tentarei ir atualizando:

Abade - também grafado Abad
Abelaira
Abelheira - também grafado Abelleira.
Abelho - também grafado Abello
Aboim – também grafado Aboín e Abuín
Abrantes
Abreu
Afonso
Agra
Agrelo
Aguiar
Aldão - também grafado Aldao
Alfaiate
Almeida
Álvares - também grafado Álvarez
Alvarinho – também grafado Alvariño
Alves
Amado
Amaral
Amarante
Amorim – também grafado Amorín
Andrade
Antunes - também grafado Antúnez
Araújo – também grafado Araúxo
Areal
Arroteia - também grafado Arrotea
Avelar
Azeredo - também grafado Aceredo
Azevedo - também grafado Acevedo
Bacelar - também grafado Vacelar
Baía - também grafado Bahia
Balsa
Balseiro
Baltar
Barata
Barbeito
Barbeitos
Barbosa
Barral
Barreira
Barreiro
Barreiros
Barreto
Barros
Barroso
Bastos
Batalha - também grafado Batalla
Belo - tem as variantes Bello e Velo
Beloso – ver Veloso
Bértolo
Bezerra - também grafado Becerra
Bicho
Bispo
Bogas
Bouças – também grafado Bouzas
Bouçós - também grafado Bouzós
Braga
Bugalho
Bulhosa - também grafado Boulhosa, Bullosa e Boullosa
Caamanho – também grafado Caamaño
Cabanelas
Cabeça - também grafado Cabeza
Cabral
Cadaval - também grafado Cadabal
Cadilhe - também grafado Cadille; tem a variante Cadilha/Cadilla
Caeiro
Cal
Caldas
Caminha - também grafado Camiña
Camões - também grafado Camoens
Campelos
Campos
Cancela
Câncio - também grafado Cancio
Candal
Canelas
Canossa – também grafado Canosa
Capelo
Caramelo
Cardoso - também grafado Cardozo
Caridade - também grafado Caridad
Carnoto
Carpinteiro
Carreira
Carvalheda - também grafado Carballeda
Carvalheira – também grafado Carballeira
Carvalhinho - também grafado Carballiño
Carvalho – também grafado Carballo
Casais
Casal
Casaleiro
Cascudo (Gz. e Br.)
Caseiro
Casqueiro
Castanheira – também grafado Castañeira
Castanho – também grafado Castaño
Castelão – também grafado Castelao
Casteleiro
Castelo
Castro
Catoira (Gz. e Br.)
Cavaco – também grafado Cabaco
Cavaleiro
Celeiro
Centieiro – também grafado Sentieiro
Cerejo – também grafado Cereijo
Cernadas
Cerqueira
Cesteiro
Chaves – também grafado Chávez
Cid
Coelho – também grafado Coello
Coira
Conde
Cordeiro
Correia – também grafado Correa
Cortinhas
Costa, da – também grafado Dacosta
Cota - também grafado Cotta
Cotelo
Cotrim - também grafado Cutrín
Couceiro
Coutinho - também grafado Coutiño
Couto
Crespo
Cruz
Cunha, da - também grafado Cuña e Dacuña
Curto
Devesa
Direito
Domingues – também grafado Domínguez
Dourado
Durão - também grafado Durán
Eanes - também grafado Ianes
Eiras
Eiriz
Enes - também grafado Ennes
Ermida
Esteves – também grafado Estevez
Farinha - também grafado Fariña
Feijó - tem as variantes gráficas Feijóo, Feixó e Feixóo
Félix
Fernandes – também grafado Fernández
Ferreira
Ferreiro
Ferro
Feteira
Fidalgo
Figueiras
Filgueiras
Folgado
Folha - também grafado Folla
Fonseca
Fontão - também grafado Fontán e Fontao
Fonte, da
Fontela - tem a variante Fontenla
Fontes
Fontoura
Frade
Fraga
Fragata
França - também grafado Franza
Franco
Freire - também grafado Freyre
Freiria
Freitas
Freixo
Fresco
Fróis - também grafado Froiz
Gago
Gaio - também grafado Gayo
Gaioso - também grafado Gayoso
Galego
Gândara - também grafado Gándara
Gandarela
Garrido
Gato
Geada
Gil
Gomes – também grafado Gómez
Gonçalves – também grafado Gonzálvez
Gondar
Gradim - também grafado Gradín
Grande
Granha (Gz. e Br.)
Guerreiro
Guilherme - também grafado Guillerme
Guimarães - também grafado Guimaraens. tem as variantes Guimaráns e Guimarás
Guimil
Henriques – também grafado Henríquez
Igrejas - também grafado Igrexas
Janeiro
Junqueira - também grafado Xunqueira
Justo
Ladeiro
Lage – também grafado Laxe
Lago
Lagoa
Lains
Lamas
Lameiras
Landeira
Landim - também grafado Landín. Landim é variante de Nandim
Laranjeira - também grafado Laranxeira
Laranjeiro - também grafado Laranxeiro
Leitão - também grafado Leitao
Leite - também grafado Leyte
Lema (Gz. e Br.)
Lemos
Lindim - também grafado Lindín
Linhares - também grafado Liñares
Lira (Gz. e Br.)
Lobato
Lomba
Lopes – também grafado López
Lourenço - também grafado Lourenzo
Louro
Lousada
Machado
Maciel
Madeira
Madureira
Magarinhos - também grafado Magariños
Maio
Malaquias
Maleiro
Malheiro - também grafado Malleiro
Maneiro (Gz. e Br.)
Mano - também grafado Manno
Manso
Marinho - também grafado Mariño
Mariz
Martelo
Martinho - também grafado Martiño
Martins – também grafado Martíns
Mato
Matos - também grafado Mattos
Matoso - também grafado Mattoso
Medeiros
Meira
Meleiro
Mendes – também grafado Méndez
Mestre
Miguéis - tem as variantes Miguéns e Miguez
Milheiro
Miragaia - também grafado Miragaya
Miranda
Moinhos - também grafado Muiños
Monteiro
Montenegro
Morais- também grafado Moraes
Moreira
Mota, da
Mourinho – também grafado Mouriño
Mouzinho
Naia, da
Namorado
Nandim - também grafado Nandín
Neira
Neto
Nogueira
Nogueiro
Novo
Nóvoa
Nunes - também grafado "Núnes"
Oleiro
Oliveira – também grafado Olveira e Ulveira
Ortigueira
Osório
Outeiro
Pacheco
Paços - também grafado Pazos e Passos (?)
Pais - também grafado Páis, Páes e Páez
Palmeiro
Parada
Paredes
Pato - também grafado Patto
Paz
Pedreira (Gz. e Br.)
Pedrosa
Pego
Peixoto
Peleteiro
Pena
Penha – também grafado Peña
Penteado
Pereira
Peres – também grafado Pérez
Pernas
Pico, do -
Pinheiro – também grafado Piñeiro
Pita
Poças - também grafado Pozas
Pombo
Pontes
Portas
Portela
Porto
Pousada
Prado
Pratas
Prego
Preto
Puga
Queirós - também grafado Queiroz
Quinta, da - também grafado Daquinta
Quintas
Quintela
Rabelo
Rainho - também grafado Raiño
Rama
Ramalheira - também grafado Ramalleira
Ramalho - também grafado Ramallo
Ramos
Raposo
Reboredo
Redondo
Regadas
Rego
Regueiro
Rei – também grafado Rey
Represas
Ribas
Ribeiro – também grafado Riveiro
Rigueiro
Rio
Rios - também grafado Ríos
Roçadas - também grafado Rozadas
Rocha, da - também grafado Darrocha e Darocha
Rodeiro
Rodrigues – também grafado Rodríguez
Roma
Romariz
Sá – também grafado Saa
Saavedra
Sabugueiro
Salgado
Salgueiro
Salvado
Sampaio - também grafado Sampayo
Sande
Santana
Santiago
Santos
Sapateiro - também grafado Zapateiro
Saraiva
Sardinha - também grafado Sardiña
Sarmento - tem a variante Sarmiento
Seabra
Seixas - também grafado Seijas
Senra
Sentieiro - ver Centieiro
Seoane
Sequeiros
Serém - também grafado Serén
Silva
Silveira
Sinde
Sobral
Sobreira
Sobrinho - também grafado Sobriño
Soeiro – também grafado Sueiro
Soutelo
Souto
Soutomaior – também grafado Soutomayor e Sottomayor
Sumavielle
Tabuada - também grafado Taboada
Tábuas - também grafado Táboas
Tanoeiro
Tenoiro
Tato
Teixeira
Telmo
Tenreiro
Testas
Tojeiro
Tomé
Torrado
Trigo
Trigueiros
Valadares - também grafado Valladares
Vale - também grafado Val
Vaqueiro - tem a variante Baqueiro
Varela
Várzea – também grafado Barcia
Vassalo - também grafado Vassallo
Vasques – também grafado Vázquez
Vaz - também grafado Baz
Veiga
Velho - também grafado Vello
Veloso – também grafado Beloso
Verde
Veríssimo - também grafado Verissimo
Viana
Viçoso - também grafado Vizoso
Vidal
Vieira
Vilaça - também grafado Villaza
Vilar
Vilares - também grafado Villares
Vilarinho – também grafado Vilariño
Vilas
Vilaverde - também grafado Villaverde
Vinagre


ora digam lá se não somos o mesmo povo...




nota: as grafias alternativas justificam-se por influências ortográficas diferentes, mas não traduzem diferença de pronúncia. por exemplo: Barcia e Várzea, Batalha e Batalla, França e Franza, Mouriño e Mourinho, Vázquez e Vasques, Viçoso e Vizoso, Xunqueira e Junqueira.

quinta-feira, novembro 03, 2011

marola (Pt., Gz. e Br.)

"marola" (nom. fem.): onda impetuosa; ondulação da superfície marítima; pequena onda do mar; (fig.) tumulto, alvoroço, turbulência; (gír. bras.) cheiro exalado pelo cigarro de canabis.



origem: a Marola é um ilhéu da costa galega, à saída da Ria de Betanços. devido às correntes que se geram em seu torno, provoca ondulação e dificuldades que os navegadores tem de superar. daí o ditado galego: "o que passou a Marola passou a mar toda", isto é, quem passou o obstáculo maior passará todos os outros.

a passagem do termo para o Brasil é boa de entender. afinal de contas, muita da marinhagem que lá aportava e muito do povoamento inicial foi feito à custa de galegos e portugueses do norte.