escritas e falares da nossa língua


quinta-feira, outubro 31, 2013

atutar (Gz. e Br.)

"atutar" (Gz.) é "tratar por tu"; "aturujar", ou "lançar aturujos", quer dizer, dar certos gritos de alegria quando se acompanha uma cantiga ou quando se está de troula (farra); "assustar", "amedrontar", "acanhar"; "amolgar", "amachucar" (Br.).

terça-feira, outubro 22, 2013

não ter papas na língua (Pt., Gz. e Br.)

a expressão "não ter papas na língua" refere-se a "falar sem rodeios", a "dizer tudo o que se sabe ou se pensa a respeito de alguém ou de alguma coisa".

domingo, outubro 20, 2013

saravá! (Br.)

ligado aos rituais de candomblé e umbanda, com especial centração em Salvador da Bahia, é um fonema místico, uma palavra entusiasta, de conotação positiva, portanto. Vinícius de Moraes usava-a como "salvé!", "viva!". há quem diga que é a pronúncia de "salvar!"/ "salvá!", dos escravos negros de idiomas bantos.

terça-feira, outubro 15, 2013

resma (Pt., Gz. e Br.)

"resma" (nom. fem.), do árabe rizma ("fardo"), é uma medida tradicional que se refere à quantidade de 20 mãos de papel (24 folhas), correspondentes a 480 folhas, agora conhecida como "resma curta". a medida foi padronizada internacionalmente em 20 mãos de 25 folhas, pelo que a resma atual contém 500 folhas de papel.

terça-feira, outubro 01, 2013

"ter a ver" e "ter a haver"

estas duas expressões aparecem cada vez mais confundidas na fala urbana de uma certa classe média pseudo-intelectual. mas, na realidade, "não têm nada a ver" uma com a outra.
"ter a ver" significa "ter uma relação causal com", "estar relacionado com";
por sua vez, "ter a haver" significa "ter a receber", "ter em crédito".
exemplos:
o João entregou 5000 euros para pagar uma conta de 4500 euros; logo, "tem a haver" 500 euros.
o João "não tem nada a ver" com o caso do assalto ao banco.


claro é.